Na verdade, não existe uma hora certa para isso. É recomendado que esta visita ocorra antes da primeira menstruação ou logo após ao seu início. O ideal é que a menina se sinta segura para ir ao ginecologista pela primeira vez.
Entre 9 e 12 anos, são comuns dúvidas sobre sexualidade se multiplicarem na cabeça das meninas. É o período em que as transformações do corpo, como o surgimento dos pelos pubianos e o desenvolvimento das mamas, começam a se tornar evidentes.
Durante a puberdade, muitas famílias tem dificuldade em introduzir temas relacionados à sexualidade e acabam evitando falar sobre um dos assuntos mais importantes para as jovens. Uma das finalidades desta consulta é diminuir a incidência de problemas como gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo distúrbios hormonais. Ainda assim, a visita a um especialista não elimina a necessidade de haver diálogo franco dentro de casa.
Existem algumas situações, que exigem avaliação médica especializada, tais como: corrimento vaginal, alterações menstruais, coceira genital, lesões genitais, nódulos mamários, atraso no aparecimento dos caracteres sexuais secundários (ausência de desenvolvimento de pelos pubianos e mamas até 13 anos e/ou ausência de menstruação até 16 anos) e precocidade dos caracteres sexuais secundários (aparecimento de pelos pubianos ou broto mamário antes dos 8 anos). Além dessas situações, o início da vida sexual torna a visita ao ginecologista obrigatória.
Para estabelecer um vínculo de confiança entre o médico e a paciente, sugere-se que as mães deixem suas filhas escolherem se querem a presença delas durante a consulta. Como na primeira consulta, o médico traça um histórico da paciente desde a infância, é bom que a mãe esteja presente. Passadas as informações, porém, a sugestão é de perguntar à filha se quer sua permanência ou se é melhor se retirar da sala de entrevista. As adolescentes podem se sentir mais à vontade sem a presença materna.
Dessa forma, a relação médico-paciente tende a se estabelecer de forma adequada, possibilitando uma futura vida ginecológica e sexual mais saudável. Seguir esta rotina, com um canal de comunicação e visitas regulares ao ginecologista, possibilita prevenir futuras complicações.
